A Serra da Lousã tem uma mística muito especial. O sobe e desce coberto de verde, tantas vezes envolvido pela neblina, o que lhe confere uma magia e mistério únicos que, a juntar ao dinamismo criativo, artístico, cultural e desportivo, têm vindo a atrair cada vez mais pessoas a esta região. No território habitam veados, javalis e corços que espreitam por entre sobreiros, castanheiros, carvalhos e, claro, pinheiros. É atravessada por inúmeros trilhos pedestres/BTT e por caminhos que nos levam ao St. António da Neve, ao Alto do Trevim, ao Castelo da Lousã ou à Sra. da Piedade… não esquecendo as praias fluviais.

A Serra da Lousã integra a Rede Natura 2000, que assegura a conservação a longo prazo das espécies e dos habitats mais ameaçados da Europa. Com os seus 15.158 hectares, abrange os cumes aplanados da Serra da Lousã, a formação quartzítica dos Penedos de Góis (1048 m) e a Mata do Sobral, uma área de sobreiral a norte, na Serra de Sacões. Abrange a parte mais elevada dos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Lousã e Miranda do Corvo.

Com uma acidentada orografia e variantes climáticas, a vegetação é muito diversificada. A azinheira ocorre nas zonas mais altas, ensolaradas e secas, o sobreiro nas zonas mais soalheiras e os castanheiros e carvalhos nas zonas mais húmidas e frias. Às linhas de água profundamente encaixadas estão associados habitats bem conservados, destacando-se as comunidades de Azereiro e de Azevinho, de carácter reliquial, com grande importância para certas espécies de fauna. A ciência indica que a Salamandra-lusitânica teve aqui o seu berço. Aqui também ocorre uma população muito significativa de veado e de corço.

Em suma o território que abrange a Serra da Lousã conjuga de forma única a sua vertente cultural e natural das Aldeias do Xisto. Neste, situam-se quase metade das aldeias da rede. A sua paisagem proporciona desta forma inúmeras possibilidades de lazer. Tudo isto representa 1204 m de altitude, 12 aldeias do xisto e 8 municípios para conhecer e explorar!